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Dê-me 200 tweets e te direi quem és
Sistema desenvolvido por pesquisador da IBM é capaz de revelar a personalidade de clientes e marcas através das palavras mais usadas na rede social
Dê-me 200 tweets e te direi quem és! No limite, direi também o que desejas, e o que estás disposto a fazer. Tudo isso a partir da análise psicolinguística daquilo que você escreve no Twitter.
É o que propõe o SystemU, desenvolvido por Jeffrey Nichols, gerente de equipe no Centro de Pesquisas da IBM Almaden em San Jose, Califórnia, com expertise em Interação humano-computador, análise de mídia social e engajamento, crowdsourcing, software social e interfaces inteligentes.
Segundo Jeffrey, abaixo de cada tweet há muito mais informações que as pessoas não estão compartilhando. As palavras e expressões que usamos com maior frequência quando escrevemos dizem muito sobre como somos como pessoa, nossas motivações e predisposições. Com base nesse tipo de análise, um banco, por exemplo poderia pegar milhões de perfis abertos de clientes no Twitter e extrair desse universo quem seriam aqueles mais propensos a adquirir determinado produtos. Um cliente mais avesso ao risco poderia estar mais aberto a adquirir um seguro.
O sistema criado pelo pesqusiador explora cinco dimensões: personalidade, necessidades, valores comportamento e registros (ocorrência dos tweets por dia e hora). Todas com subdimensões. A frequência com que as palavras são usadas no texto _ o uso maior ou menor de pronomes, por exemplo,_ é determinante para compor a matriz e apontar as características mais marcantes de cada um.
Compreendendo o tipo de personalidade é possível chegar à pessoa certa, da maneira certa, na hora certa, para obter a melhor resposta possível.
E a identificação da personalidade através dos textos do Twitter é só o começo. É possível também aplicar o mesmo sistema em outras áreas além da mídia social. “Tudo o que precisamos é de amostras de textos dos indivíduos que são o nosso target. O e-mail seria uma outra base de texto bastante relevante”, explica Nichols.
Uma das áreas onde os pesquisadores da IBM acreditam que a tecnologia poderia ser aplicada é a Educação. “A partir de amostras de textos de fontes públicas dentro da escola, ela poderia ajudar a identificar a personalidade das crianças para propor métodos de ensino”, diz Claudio Pinhanez, gerente de Ciência de Serviços da IBM Research Brasil.
No momento, a ferramenta passa por um período de validação em algumas empresas clientes. Um dos clientes onde o sistema está em teste é um call center, onde os diálogos estão sendo transformados em texto com o objetivo de adequar o discurso dos atendentes, aumentando as taxas de conversão.
O trabalho agora é tentar descobrir as correlações dos tipos de dados gerados com as necessidades dos clientes. E também as correlações entre as diferentes dimensões. "Há uma oportunidade de usar essas informações para aprender mais sobre as pessoas", afirma o pesquisador. Geralmente quem vê o sistema funcionando se surpreende que seja possível gerar tantos insights com tão pouco.
Nichols acredita que até o início de 2004 o sistema estará pronto para começar a ser usado em larga escala, inclusive associado à outros produtos da própria IBM. Ainda não há nada definido neste sentido, mas uma ferramenta de análise como esta poderia ser muito útil agregada a sistemas de CRM, por exemplo. “Vou poder usar mais 30 variáveis combinadas com as informações que já tenho”, diz Pinhanez.
Por enquanto a ferramenta também só analisa textos em inglês. Mas, segundo Cláudio Pinhanez, a IBM Brasil tem planos de adaptá-la para o português. “Não estamos falando de anos de desenvolvimento. A base do sistema é uma biblioteca de palavras que é pública e tem uma versão em português. É uma questão de programar e testar, para ajustar o uso do dicionário”, diz ele.
Sistema desenvolvido por pesquisador da IBM é capaz de revelar a personalidade de clientes e marcas através das palavras mais usadas na rede social
Dê-me 200 tweets e te direi quem és! No limite, direi também o que desejas, e o que estás disposto a fazer. Tudo isso a partir da análise psicolinguística daquilo que você escreve no Twitter.
É o que propõe o SystemU, desenvolvido por Jeffrey Nichols, gerente de equipe no Centro de Pesquisas da IBM Almaden em San Jose, Califórnia, com expertise em Interação humano-computador, análise de mídia social e engajamento, crowdsourcing, software social e interfaces inteligentes.
Segundo Jeffrey, abaixo de cada tweet há muito mais informações que as pessoas não estão compartilhando. As palavras e expressões que usamos com maior frequência quando escrevemos dizem muito sobre como somos como pessoa, nossas motivações e predisposições. Com base nesse tipo de análise, um banco, por exemplo poderia pegar milhões de perfis abertos de clientes no Twitter e extrair desse universo quem seriam aqueles mais propensos a adquirir determinado produtos. Um cliente mais avesso ao risco poderia estar mais aberto a adquirir um seguro.
O sistema criado pelo pesqusiador explora cinco dimensões: personalidade, necessidades, valores comportamento e registros (ocorrência dos tweets por dia e hora). Todas com subdimensões. A frequência com que as palavras são usadas no texto _ o uso maior ou menor de pronomes, por exemplo,_ é determinante para compor a matriz e apontar as características mais marcantes de cada um.
Compreendendo o tipo de personalidade é possível chegar à pessoa certa, da maneira certa, na hora certa, para obter a melhor resposta possível.
E a identificação da personalidade através dos textos do Twitter é só o começo. É possível também aplicar o mesmo sistema em outras áreas além da mídia social. “Tudo o que precisamos é de amostras de textos dos indivíduos que são o nosso target. O e-mail seria uma outra base de texto bastante relevante”, explica Nichols.
Uma das áreas onde os pesquisadores da IBM acreditam que a tecnologia poderia ser aplicada é a Educação. “A partir de amostras de textos de fontes públicas dentro da escola, ela poderia ajudar a identificar a personalidade das crianças para propor métodos de ensino”, diz Claudio Pinhanez, gerente de Ciência de Serviços da IBM Research Brasil.
No momento, a ferramenta passa por um período de validação em algumas empresas clientes. Um dos clientes onde o sistema está em teste é um call center, onde os diálogos estão sendo transformados em texto com o objetivo de adequar o discurso dos atendentes, aumentando as taxas de conversão.
O trabalho agora é tentar descobrir as correlações dos tipos de dados gerados com as necessidades dos clientes. E também as correlações entre as diferentes dimensões. "Há uma oportunidade de usar essas informações para aprender mais sobre as pessoas", afirma o pesquisador. Geralmente quem vê o sistema funcionando se surpreende que seja possível gerar tantos insights com tão pouco.
Nichols acredita que até o início de 2004 o sistema estará pronto para começar a ser usado em larga escala, inclusive associado à outros produtos da própria IBM. Ainda não há nada definido neste sentido, mas uma ferramenta de análise como esta poderia ser muito útil agregada a sistemas de CRM, por exemplo. “Vou poder usar mais 30 variáveis combinadas com as informações que já tenho”, diz Pinhanez.
Por enquanto a ferramenta também só analisa textos em inglês. Mas, segundo Cláudio Pinhanez, a IBM Brasil tem planos de adaptá-la para o português. “Não estamos falando de anos de desenvolvimento. A base do sistema é uma biblioteca de palavras que é pública e tem uma versão em português. É uma questão de programar e testar, para ajustar o uso do dicionário”, diz ele.
