40% das redes sem fios de internet estão vulneráveis
Vivian dos Santos Domingues pesquisou as redes sem fio para o TCC
Cada vez mais comuns no dia a dia, as redes wireless (sem fio) de internet são sinônimos também de praticidade e mobilidade. Em contrapartida, a modalidade é uma das mais vulneráveis, sujeitas a invasão e crimes virtuais. É o que uma universitária descobriu ao concluir seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). A pesquisa, realizada durante três meses, apontou que 40% das redes wireless instaladas na cidade estão sujeitas à invasão de hackers e a solução é a prevenção. De acordo com a estudante Vivian dos Santos Domingues, de 27 anos, quartanista do curso de Sistemas de Informação da Faculdade Academia de Ensino Superior, a ideia de avaliar o sistema wireless em Sorocaba partiu do gosto que ela tem pela área de segurança virtual.
“Sempre gostei e penso em me especializar”, falou. Por essa razão, no terceiro trimestre desse ano ela passou a pesquisar as redes sem fios da cidade para o TCC intitulado “Segurança em rede wireless doméstico”. O objetivo, explicou, era descobrir se o sistema é seguro em Sorocaba. “Eu sei que muita gente tem, no computador ou no notebook, e decidi pesquisar”, argumentou. Para isso, detalhou ela, instalou um sistema no seu laptop capaz de rastrear redes wireless em curto espaço. “Esse sistema consegue verificar se a rede está devidamente configurada, ou seja, fechada, ou se está aberta, sujeita a invasão”, pontuou.
Foram percorridos então 30 quilômetros em três pontos diferentes da cidade: região do Campolim, da Santa Rosália e Zona Norte. Ao todo, foram identificadas 497 redes sem fio, sendo 147 delas abertas, ou seja, 40% vulneráveis. “O que significa que ao menos 40% desses usuários não tomaram as medidas corretas de segurança. Não se cadastraram, configuraram devidamente suas máquinas e estão propensos a serem vítimas de hackers criminosos”, avisou ela. Para se ter uma ideia, explica Vivian, sem a devida configuração do roteador - um aparelho instalado no computador e que define o sistema sem fios -, o usuário, cidadão comum, está sujeito a uma invasão que pode, tanto vitimá-lo, como cometer crimes contra outras pessoas. “O canal aberto possibilita a invasão e acesso às senhas, documentos, informações do usuário. Esse usuário pode ser vítima, por exemplo, de um furto virtual, na conta do banco, ou ainda ser acusado de pedofilia”, garantiu.
Ela explicou ainda que o hacker ao invadir a rede doméstica, usa a identificação do usuário (o número do IP - código que o usuário recebe ao comprar um serviço de provedor de internet) para cometer outros crimes. “O que ele fizer, não ficará registrado como sendo ele, do hacker, e sim com os dados do invadido, que pode ser vítima duas vezes, da invasão e de crime virtual”, reforça. A estudante, que já apresentou o TCC no mês passado e obteve nota máxima, ainda alerta: “a rede wireless é está tão comum e eficaz, que está presente na maior parte dos lugares: bares, empresas, órgãos públicos, hotéis, residências, praças, universidades e shoppings. O caminho, ensina, é a prevenção. “Essa possibilidade de acesso a dados está presente e é preciso se previnir”, disse.
Dicas de segurança
Entre as medidas de segurança, Vivan destaca, que é importante que o comprador do roteador e usuário do sistema troque sempre as senhas, leia e siga o manual de uso, habilite a criptografia, cadastre o Mac Adress, desabilite o broadcast de SSID, adote software de segurança, e deslige o Acess Point quando não estiver em uso, e limitar o acesso a números de máquinas.
“Todos esses processos são de segurança, de configuração, identificação e senhas. Tudo isso o usuário, consumidor, é capaz de fazer sozinho ao comprar o sistema wireless. Além disso, na dúvida, na internet há sites informativos de como fazer os processos e profissionais. Essas ferramentas funcionarão como uma barreira para que o hacker não tenha acesso aos dados do usuário”, ensina.
O resultado da pesquisa realizada pela bacharel em Sistemas de Informação da Faculdade Academia de Ensino Superior e dicas de segurança para o tráfego de informações na web serão apresentados ao público durante palestra gratuita no próximo dia 18 de novembro, às 19h30, no auditório da própria faculdade, que fica na rua Romeu do Nascimento, 777, Jardim Portal da Colina. Mais informações pelo telefone (15) 3331-7201.
Confira (alguns) detalhes da pesquisa
1º local: região do Campolim
Percorridos: 21 quilômetros
Identificadas: 324 redes sem fio
Vulneráveis: 72 (22%)
2º local: região da Santa Rosália
Percorridos: 7 quilômetros
Identificadas: 122 redes sem fio
Vulneráveis: 45 (37%)
3º local: Zona Norte
Percorridos: 2 quilômetros
Identificadas: 51 redes sem fio
Vulneráveis: 30 (60%)
TOTAL:
3 regiões (Campolim, Santa Rosália e Zona Norte)
30 quilômetros percorridos
497 redes wireless localizadas
147 redes vulneráveis
40% das redes abertas e sujeitas a invasão
Fonte: pesquisa acadêmica de Vivian dos Santos Domingues pela Faculdade Academia de Ensino Superior - outubro/2009
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