Guerra dos Clones: software para instalar Mac OS X em PCs pode conter código da Apple

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Guerra dos Clones: software para instalar Mac OS X em PCs pode conter código da Apple

Hackers alegam que Psystar utilizou software Open Source no Rebel EFI sem liberar o código-fonte.

Por Marco Andrei Kichalowsky

A Psystar, fabricante de clones dos produtos Apple e sua atual antagonista, está sendo acusada de usar software aberto em seu Rebel EFI sem divulgar o código. Ironicamente, o código em questão foi liberado por uma licença aberta pela própria Apple, numa curiosa inversão de papéis.

O Rebel EFI é um software que, segundo a Psystar, permite instalar o Mac OS X em qualquer PC, “enganando” o sistema operacional da Apple que só se deixa instalar em hardware da própria empresa. Ainda que vender um programa Open Source não seja um problema – o software da Psystar é vendido por 50 dólares – não disponibilizar seu código-fonte pode vir a ser, se a licença do software exigir isso.

Segundo o Apenas usuários registrados e ativados podem ver os links., Clique aqui para se cadastrar..., aparentemente é isso que está acontecendo. De acordo com o site de notícias, Apenas usuários registrados e ativados podem ver os links., Clique aqui para se cadastrar... e o site russo Apenas usuários registrados e ativados podem ver os links., Clique aqui para se cadastrar... encontraram evidências de que o Rebel EFI é baseado no código-fonte aberto boot-132. A licença de uso desse software obriga a divulgação de todo o código-fonte derivado – ou seja, as modificações que a Psystar fez no boot-123 para incluí-lo no Rebel EFI precisariam ser abertas ao público. A depender do quanto o boot-123 está “entranhado” no produto da Psystar, todo o código do Rebel EFI precisaria ser aberto.

Para piorar, o boot-132 é licenciado sob a Licença Apple de Código Público versão 2 (APSL), ou seja, uma licença da própria rival. Ironicamente, as empresas mudaram de lado nessa disputa: A Apple passou a ser defensora da abertura do código, enquanto a Psystar, supostamente, está se guiando pelos “velhos moldes” do software proprietário.

Embora seja cedo para afirmar que a Psystar agiu mesmo de má-fé – as alegações dos hackers ainda estão para ser confirmadas – , a possibilidade de que isso possa ser verdade já causou um certo desconforto na comunidade do Software Livre, justamente os maiores aliados da Psystar neste momento.

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