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Governo britânico destrói arquivo de jornal que divulga denúncias de Snowden
A notícia de que o brasileiro David Miranda, namorado do jornalista britânico que tem divulgado as denúncias de Edward Snowden, passou nove horas preso no aeroporto de Londres sem qualquer explicação aparente não foi a única que causou preocupação.
Enquanto Miranda era liberado para voltar ao Rio de Janeiro, onde vive com o jornalista Gleen Greenwald, o editor do Guardian, Alan Rusbridger, denunciava que o governo britânico vêm ameaçando o jornal para barrar as reportagens sobre como países como Estados Unidos e Reino Unido espionam o mundo todo por meio da tecnologia.
Em seu texto, Rusbridger faz um relato ainda mais tenso: agentes da CGHQ (sede de comunicações do governo) destruíram discos rígidos do Guardian sob justificativa de que informações vazadas por Snowden não poderiam estar disponíveis caso agentes chineses se interessem pelo material.
"Expliquei para o homem da Whitehall [centro administrativo do Reino Unido] sobre a natureza da colaboração internacional e de que maneira, nos dias de hoje, organizações de mídia tiram vantagem de ambientes legais mais permissivos", escreveu o editor. "Sem rodeios, não temos que reportar de Londres. A maioria das histórias sobre a NSA [Agência de Segurança Nacional dos EUA] têm sido reportadas e editadas de Nova York. E ocorreu a ele que Greenwald morava no Brasil?"
Rusbridger diz que desde o começo das publicações sobre espionagem o Guardian sofre intimidações do governo britânico, mas não vão parar de divulgar o que têm em mãos. E que não adianta destruir mídias físicas: "Em breve estaremos de volta ao papel e caneta."
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A notícia de que o brasileiro David Miranda, namorado do jornalista britânico que tem divulgado as denúncias de Edward Snowden, passou nove horas preso no aeroporto de Londres sem qualquer explicação aparente não foi a única que causou preocupação.
Enquanto Miranda era liberado para voltar ao Rio de Janeiro, onde vive com o jornalista Gleen Greenwald, o editor do Guardian, Alan Rusbridger, denunciava que o governo britânico vêm ameaçando o jornal para barrar as reportagens sobre como países como Estados Unidos e Reino Unido espionam o mundo todo por meio da tecnologia.
Em seu texto, Rusbridger faz um relato ainda mais tenso: agentes da CGHQ (sede de comunicações do governo) destruíram discos rígidos do Guardian sob justificativa de que informações vazadas por Snowden não poderiam estar disponíveis caso agentes chineses se interessem pelo material.
"Expliquei para o homem da Whitehall [centro administrativo do Reino Unido] sobre a natureza da colaboração internacional e de que maneira, nos dias de hoje, organizações de mídia tiram vantagem de ambientes legais mais permissivos", escreveu o editor. "Sem rodeios, não temos que reportar de Londres. A maioria das histórias sobre a NSA [Agência de Segurança Nacional dos EUA] têm sido reportadas e editadas de Nova York. E ocorreu a ele que Greenwald morava no Brasil?"
Rusbridger diz que desde o começo das publicações sobre espionagem o Guardian sofre intimidações do governo britânico, mas não vão parar de divulgar o que têm em mãos. E que não adianta destruir mídias físicas: "Em breve estaremos de volta ao papel e caneta."
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