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Paulo Bernardo quer dados de internautas em território nacional

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    Paulo Bernardo quer dados de internautas em território nacional

    Paulo Bernardo quer dados de internautas em território nacional

    O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, defendeu, a inclusão de dispositivo no marco civil da internet (PL 2126/11, apensado ao PL 5403/01) para garantir que os dados dos usuários sejam armazenados em território nacional, ainda que continuem sendo também guardados nos Estados Unidos.

    Ele participou de audiência pública sobre as denúncias de espionagem de cidadãos brasileiros pelo governo norte-americano, promovida pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Defesa do Consumidor; de Fiscalização Financeira e Controle; de Legislação Participativa; e de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.

    Paulo Bernardo explicou que, como as principais empresas de internet são dos EUA, lá também se localizam os grandes data centers, que armazenam dados do usuário. “As empresas americanas submetem-se à legislação daquele país, inclusive se estiverem atuando aqui”, ressaltou.

    O ministro destacou que os usuários aceitam os “termos de uso” dos serviços de internet, extensos e de difícil compreensão, em que dão autorização para o uso de seus dados. Segundo o ministro, o marco civil vai assegurar maior transparência na política de privacidade das empresas.

    Ele afirmou que, com o monitoramento de e-mails de indivíduos brasileiros pelo governo norte-americano, estão sendo violados direitos fundamentais relativos à inviolabilidade do sigilo das comunicações, da intimidade e da vida privada. “Se isso não é espionagem, é bisbilhiotice”, disse.

    “De acordo com a Constituição, é crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial”, completou. Conforme o ministro, o marco civil traz normas para assegurar esses direitos constitucionais também na internet. “O e-mail deve ser equiparado a uma carta”, destacou.

    Neutralidade de rede

    Em relação à polêmica questão da neutralidade de rede, que vem impedindo o acordo em torno do marco civil, Paulo Bernardo disse que o artigo deve ser redigido de forma a não impedir os modelos de negócio das empresas. O substitutivo atual prevê que as operadoras tratem de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviços, terminal ou aplicativo.

    Empresas de telecomunicações têm defendido que a palavra “serviços” seja excluída do dispositivo, a fim de não restringir os modelos de negócios das companhias. Elas querem oferecer serviços diferentes (como só e-mail, apenas acesso a redes sociais, entre outros) para o usuário, de acordo com o pacote ofertado, mas o relator é contrário à mudança do texto.

    Ações do governo

    Bernardo informou que o Executivo fez contatos com o governo americano na tentativa de mudar a chamada governança da internet. Conforme o ministro, o Planalto defende uma descentralização maior dessa governança, com participação mais ampla de vários países.

    Segundo ele, a gestão dos números de protocolo de internet (IP) e nomes de domínio é realizada hoje pela Icann, empresa privada sediada na Califórnia, vinculada ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos. “Os governos participam da ICANN apenas a título consultivo”, salientou.

    De acordo com o ministro, o governo federal também quer promover o aperfeiçoamento de regras multilaterais sobre segurança das telecomunicações. “Levaremos a questão para foros internacionais, como instâncias da Organização das Nações Unidas (ONU)”, disse. “Esse problema é mundial, até o Parlamento de Bruxelas [instituição legislativa da União Europeia] foi monitorado, segundo a imprensa”, completou.

    Com informações da Agência Câmara
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