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Como a morte de Steve Jobs pode afetar a criatividade da Apple?
Aos 56 anos, Steve Jobs, ex-CEO e co-fundador da Apple, empresa que criou uma legião de fãs com seus produtos inovadores, morreu. O comunicado da Apple à imprensa deixa claro o forte vínculo entre o nome de Jobs e toda a história de inovação na companhia: “é com muita tristeza” que anunciamos a morte de Jobs nesta quarta-feira (05/10).
O comunicado continua: “A paixão, energia e o brilhantismo de Steve foi a fonte de diversas inovações que enriqueceram e melhoraram nossas vidas”. A morte do líder nato da Apple acontece menos de dois meses de ele ter saído do comando da empresa que tem uma das marcas mais valiosas do mundo. Jobs, que por anos travou uma batalha contra o câncer, saiu dizendo que era hora de deixar o dia a dia da companhia.
Naquele momento, InformationWeek Brasil conversou com consultores e especialistas em inovação para entender como aquela saída afetava o perfil inovador da companhia. Mas todos entendiam que Jobs havia, ao longo dos anos, criado um processo de inovação interna e, mais que isso, preparado alguém para liderar a corporação em seu lugar.
Mas agora temos um fato que pode afetar de maneira diferente o dia a dia da companhia. A morte do co-fundador da Apple pode abalar emocionalmente uma empresa que teve em seu, até pouco tempo, chefe máximo a marca da inovação. Na ocasião de seu afastamento, o mercado não se preocupava tanto, porque, de certa forma, ele atuaria como consultor e participaria do board. Agora, não mais.
Situações como essas servem para que líderes de uma forma geral possam refletir o legado que passam às suas equipes, o processo que criam para que tudo funcione da melhor forma possível em sua ausência e, às empresas, estudar o quão vinculado está determinado líder à marca e à credibilidade da corporação.
Num caso como o de Jobs, totalmente associado à capacidade de inovação da empresa, o emocional pode abalar. Estará Tim Cook à altura do desafio que o espera? Durante a entrevista que InformationWeek Brasil fez com Valter Pieracciani, sócio-fundador da consultoria que leva seu sobrenome, na ocasião da saída de Jobs do comando da Apple, ele citou exemplos de companhias que não podem ter o nome revelado que, mesmo após a troca da liderança, não perderam a cultura inovadora. “Houve uma redução no volume, mas o processo continuou funcionando. No caso do Jobs, acho que, em grande parte, ele conseguir transferir o processo de criar e produzir o novo por saber que é essencial.”
O legado deixado por Jobs é inegável e, embora ele tenha sempre renegado o mercado corporativo, suas invenções à frente da Apple mudaram a forma de encarar o mundo corporativo. Executivos se renderam ao touch screen, seja via iPhone ou, mais recentemente, iPad. Como disse o próprio Jobs no anúncio do smartphone, a companhia “reinventou o telefone”. Além disso, a forma de manusear aparatos tecnológicos de forma intuitiva também provoca impactos e a indústria, de maneira geral, busca desenvolver soluções cada vez mais simples de operar, o exemplo mais visível recentemente vem das ferramentas de análise que evoluem já com versões para smartphones e tablets e com comandos simplificados.
Na TV americana, o destaque dado à morte de Jobs é grande e não apenas pela importância da Apple, mas, sim, pelo legado que ele deixa. Na CNN local, um clipe relembrou eventos de lançamentos de produtos da companhia desde os Macintoshs nos anos 90 até o iPad 2.
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