Neste artigo abordo de forma objetiva e rápida como configurar dispositivos RAID no Linux, especificamente no Linux Ubuntu 8.10 Server. O RAID é uma tecnologia bastante utilizada para agrupamento e redundância de discos, ajudando de forma efetiva a proteger o sistema de possíveis falhas.
Por: Gleudson Junior
Introdução
A técnica RAID, cujo a sigla é proveniente de Redundant Array of Inexpensive Disks, ou, Agrupamento Redundante de Discos Independentes, trata-se de uma técnica desenvolvida com o intuito de proteger o sistema das possíveis falhas dos discos. Sua implementação pode ser realizada tanto via Hardware como através de configuração de software, obedecendo suas devidas especificidades.
O RAID possui principalmente as seguintes características:
1. Agrupamento de discos;
2. Armazenamento redundante;
3. Distribuição de dados pelas unidades.
Um dos grandes problemas do RAID é que quando foi desenvolvido, a principal motivação, como mencionei acima, era obter a melhoria na confiabilidade dos sistemas, fazendo isso justamente através da redundância, porém as vezes ele pode dá uma falsa sensação de segurança e confiança se for utilizado de forma incorreta.
O RAID obedece a vários [1] níveis (RAID 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6), que são sempre utilizados para um único fim, que é justamente a redundância que provê a confiabilidade dos dados armazenados no disco. Não vou me prender a esmiuçar cada um deles, pois neste artigo iremos utilizar especificamente o RAID 1.
O RAID 1 é responsável em lidar com o espelhamento de discos e é configurado de forma bastante simplória, seguindo a premissa de, o que for gravado em um disco, será gravado no outro, o que implica em dizer que se um desses discos falharem, todos os dados serão preservados intactos no outro. Para tanto, sua implementação necessita da existência obrigatória de no minimo 2 discos, logicamente.
[1] No link abaixo vocês podem encontrar as definições para cada um dos níveis:
Apenas usuários registrados e ativados podem ver os links., Clique aqui para se cadastrar...
Requisitos do sistema
Para fazermos isso funcionar de verdade, é necessário adquirirmos alguns componentes de hardware básicos, no nosso caso, HDs adicionais, onde diga-se de passagem hoje em dia não é tão caro. E como na minha humilde opinião, tudo que será um dia implantado deve ser antes testado e homologado. Vou utilizar duas máquinas virtuais (VMs) para realizar tal configuração. Aconselho a utilização do VirtualBox, pois além de ser uma ferramenta bastante intuitiva, é bem mais leve que as outras.
Requisitos mínimos das VMs:
* Sistema operacional: Ubuntu 8.10 Server (a escolha da distro fica por sua conta);
* Memória: 256 MB (é o suficiente, pois estamos tratando de uma VM, lógico que se você dispõe de mais memória, por que não usá-la);
* Discos rígidos: 2 discos (IDE Primário Master e IDE Primário Slave);
* CD/DVD-ROM: Tem que estar montado com uma ISO ou uma CD do sistema operacional.
Particionamento dos discos
Agora chegou a hora de pôr a mão na massa de verdade! Particularmente acho a melhor parte de todas. :P
Porém, antes vamos por nossos objetivos e metas na ponta do lápis, digo, na tela no PC.
Para começar, vamos precisar de 2 discos que possuirão as mesmas especificidades, como já mencionamos nos requisitos mínimos da nossa VM.
[1] Modelo de particionamento:
1° disco: Tamanho: 5 GB
Particionamento (Part.):
Part. 1 - primária 110 MB - RAID
Part. 2 - primária 2.0 GB - RAID
Part. 3 - primária 1.0 GB - RAID
Part. 5 - lógica 300 MB - RAID
Part. 6 - lógica 512 MB - SWAP
2° disco: Tamanho: 5 GB
Particionamento (Part.):
Part. 1 - primária 110 MB - RAID
Part. 2 - primária 2.0 GB - RAID
Part. 3 - primária 1.0 GB - RAID
Part. 5 - lógica 300 MB - RAID
Part. 6 - lógica 512 MB - SWAP
Mãos a obra!
1. Iniciaremos nossa VM realizando o boot através da unidade de CD/DVD-ROM até chegarmos à tela abaixo:
Então selecionaremos a opção: (manual)
Obs.: Como o objetivo desse artigo é mostrar a configuração para obtermos dispositivos RAID, torna-se desnecessário os passos básicos da instalação do S.O.
2. Agora devemos selecionar o HD que desejamos particionar:
3. Nesta tela selecionaremos a opção: (sim)
4. Acabamos de criar uma partição totalmente vazia. Logo será a partir dela que definiremos o nosso particionamento, conforme escrevemos lá em cima [1]. Selecione a partição:
5. Selecione a opção: (Criar uma nova partição)
6. Devemos definir agora o tamanho de cada partição, seguindo logicamente o modelo de particionamento descrito acima [1]:
7. Nessa tela definiremos o tipo da partição, sempre seguindo o modelo apresentado [1]:
8. Agora vamos definir o formato que desejamos utilizar. Selecione a opção: (Usar como)
9. Por fim, selecione a opção: (Volume físico para RAID)
Bom, esses passos serão contínuos e imutáveis, portanto para a criação das demais partições basta seguirmos esse mesmo processo, obedecendo sempre o modelo que definimos no início [1]. Devemos apenas atentar na partição SWAP (área de troca), ela será nossa última partição.
A tabela de particionamento deverá ficar da seguinte forma:
Configurando RAID via software
Agora o pior já passou, vale ressaltar que o particionamento dos discos é de fundamental importância para o restante da implementação e para o perfeito funcionamento do que estamos propondo a fazer.
Chegamos ao ponto crucial do nosso artigo, é onde faremos de fato a configuração dos dispositivos RAID. Para tanto, mais uma vez precisaremos pôr na ponta do lápis todo nosso planeamento, isso ajudará no nosso senso de orientação durante o decorrer do processo.
[1] Modelo de dispositivos RAID:
MB0 = Part. 1/disco 1 + Part. 1/disco 2 (sda1 + sdb2)
Sistema de arquivos: Ext3
Ponto de montagem: /boot
MB1 = Part 2/disco 1 + Part. 2/disco 2 (sda2 + sdb2)
Sistema de arquivos: Ext3
Ponto de montagem: /
MB2 = Part 3/disco 1 + Part. 3/disco 2 (sda3 + sdb3)
Sistema de arquivos: Ext3
Ponto de montagem: /home
MB3 = Part 5/disco 1 + Part. 5/disco 2 (sda5 + sdb5)
Sistema de arquivos: Ext3
Ponto de montagem: /tmp
Obs.: A partição SWAP não necessita de um dispositivo RAID.
Vamos lá!
1. Na mesma tela que visualizamos toda a tabela de particionamento dos nossos discos devemos selecionar a opção: (Configurar RAID via software)
2. Neste passo devemos gravar as mudanças que realizamos durante nosso particionamento, selecionando a opção: (Sim)
3. Ok, após as mudanças devidamente gravadas, vamos começar de fato a criar nossos dispositivos, selecione a opção: (Criar dispositivo MD)
4. Chegamos ao passo que tínhamos especificado detalhadamente na introdução [1], onde definiremos o tipo de nosso dispositivo, cada tipo possui suas especificações, nesse caso utilizaremos o RAID1, portanto selecione a opção: (RAID1)
5. Os próximos 2 passos nos mostrarão valores padrões do sistema, devemos deixá-los com estes valores até chegarmos ao momento de definirmos quais partições serão transformadas em dispositivos RAID, a partir desta tela, vamos atentar ao modelo de dispositivos que definimos acima [1]. Selecione as partições conforme modelo e continue o processo.
Finalizando a configuração do RAID
Bem, devemos realizar todo o processo de criação de dispositivos novamente, sempre como RAID1 e selecionando devidamente quais partições farão parte do dispositivo a se criar, não esqueçam de seguir o modelo de dispositivos [1].
Ao fim teremos a seguinte tabela de dispositivos RAID criadas:
Chegou a hora de definirmos o sistema de arquivos que vamos utilizar nesses dispositivos e qual serão seus respectivos pontos de montagem. Como nunca é demais salientar pontos relevantes de qualquer processo, dêem uma olhada no modelo de dispositivos descrito acima[1]. Nesse caso vou mostrar como devemos proceder com a configuração de um dos dispositivos, após isso já estaremos aptos a fazer os outros.
1. Vamos selecionar o primeiro dispositivo:
2. No menu de edição do dispositivo que selecionamos, vamos clicar na opção "Usar como:". Notemos que não temos parâmetros definidos nesta opção.
3. Neste passo vamos selecionar de fato qual o sistema de arquivo utilizaremos para nosso dispositivo, selecione a opção: (Ext3)
4. Agora vamos informar o ponto de montagem:
5. Selecionaremos os pontos de montagem conforme padronizamos no modelo descrito [1]:
Pronto, finalize a configuração do dispositivo! Repita o processo para os outros dispositivos.
6. Estamos quase lá. Clique na opção: (Finalizar o particionamento e gravar as mudanças no disco)
A tabela final da configuração dos dispositivos ficará da seguinte forma:
7. Grave a tabela nos discos.
Pronto! Enfim concluímos nosso modelo de particionamento. O restante do processo trata-se da instalação do nosso sistema operacional, sigam os passos, leiam atentamente as instruções e levantem suas máquinas com a graça de Deus.
Após a inicialização e logon do S.O, digitem o comando:
$ sudo cat /proc/mdstat
Então veremos nossos dispositivos em perfeito funcionamento, lógico se todo processo foi realmente seguido a risca.
md3 : active raid1 sda5[0] sdb5[1]
289024 blocks [2/2] [UU]
md2 : active raid1 sda3[0] sdb3[1]
979840 blocks [2/2] [UU]
md1 : active raid1 sda2[0] sdb2[1]
1951808 blocks [2/2] [UU]
md0 : active raid1 sda1[0] sdb1[1]
104320 blocks [2/2] [UU]
Obs.: Devemos verificar atentamente a informação [UU], pois é ela que nos informa o estado de sincronismo
Conclusão
Os dispositivos RAID, quando perfeitamente configurados, tendem a nos proporcionar um aumento efetivo na confiabilidade dos nossos dados dentro do sistema. Estes dados, que geralmente são de suma importância, tanto para uma empresa como para utilização pessoal, não devem ser pedidos ou danificados por eventuais falhas nos discos.
Por isso a técnica nos disponibiliza de forma eficiente, a opção de minimizarmos os riscos que nosso sistema corre durante sua vida útil, fazendo isso basicamente através da redundância.
Os vários níveis de RAID existentes possibilitam escolher qual tipo de implementação nos dará a satisfação de nossas necessidades.
O artigo tentou abranger especificamente o RAID1, justamente pela sua simplicidade de implementação e configuração. Após todo o processo de configuração e instalação dos dispositivos, espero que tenhamos conseguido absolver um pouco mais de informação a respeito dessa técnica e que possamos implantá-la sem mistério em algum sistema de produção.
Fonte: VivaoLinux
Postado Por: RedDeviL
Por: Gleudson Junior
Introdução
A técnica RAID, cujo a sigla é proveniente de Redundant Array of Inexpensive Disks, ou, Agrupamento Redundante de Discos Independentes, trata-se de uma técnica desenvolvida com o intuito de proteger o sistema das possíveis falhas dos discos. Sua implementação pode ser realizada tanto via Hardware como através de configuração de software, obedecendo suas devidas especificidades.
O RAID possui principalmente as seguintes características:
1. Agrupamento de discos;
2. Armazenamento redundante;
3. Distribuição de dados pelas unidades.
Um dos grandes problemas do RAID é que quando foi desenvolvido, a principal motivação, como mencionei acima, era obter a melhoria na confiabilidade dos sistemas, fazendo isso justamente através da redundância, porém as vezes ele pode dá uma falsa sensação de segurança e confiança se for utilizado de forma incorreta.
O RAID obedece a vários [1] níveis (RAID 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6), que são sempre utilizados para um único fim, que é justamente a redundância que provê a confiabilidade dos dados armazenados no disco. Não vou me prender a esmiuçar cada um deles, pois neste artigo iremos utilizar especificamente o RAID 1.
O RAID 1 é responsável em lidar com o espelhamento de discos e é configurado de forma bastante simplória, seguindo a premissa de, o que for gravado em um disco, será gravado no outro, o que implica em dizer que se um desses discos falharem, todos os dados serão preservados intactos no outro. Para tanto, sua implementação necessita da existência obrigatória de no minimo 2 discos, logicamente.
[1] No link abaixo vocês podem encontrar as definições para cada um dos níveis:
Apenas usuários registrados e ativados podem ver os links., Clique aqui para se cadastrar...
Requisitos do sistema
Para fazermos isso funcionar de verdade, é necessário adquirirmos alguns componentes de hardware básicos, no nosso caso, HDs adicionais, onde diga-se de passagem hoje em dia não é tão caro. E como na minha humilde opinião, tudo que será um dia implantado deve ser antes testado e homologado. Vou utilizar duas máquinas virtuais (VMs) para realizar tal configuração. Aconselho a utilização do VirtualBox, pois além de ser uma ferramenta bastante intuitiva, é bem mais leve que as outras.
Requisitos mínimos das VMs:
* Sistema operacional: Ubuntu 8.10 Server (a escolha da distro fica por sua conta);
* Memória: 256 MB (é o suficiente, pois estamos tratando de uma VM, lógico que se você dispõe de mais memória, por que não usá-la);
* Discos rígidos: 2 discos (IDE Primário Master e IDE Primário Slave);
* CD/DVD-ROM: Tem que estar montado com uma ISO ou uma CD do sistema operacional.
Particionamento dos discos
Agora chegou a hora de pôr a mão na massa de verdade! Particularmente acho a melhor parte de todas. :P
Porém, antes vamos por nossos objetivos e metas na ponta do lápis, digo, na tela no PC.
Para começar, vamos precisar de 2 discos que possuirão as mesmas especificidades, como já mencionamos nos requisitos mínimos da nossa VM.
[1] Modelo de particionamento:
1° disco: Tamanho: 5 GB
Particionamento (Part.):
Part. 1 - primária 110 MB - RAID
Part. 2 - primária 2.0 GB - RAID
Part. 3 - primária 1.0 GB - RAID
Part. 5 - lógica 300 MB - RAID
Part. 6 - lógica 512 MB - SWAP
2° disco: Tamanho: 5 GB
Particionamento (Part.):
Part. 1 - primária 110 MB - RAID
Part. 2 - primária 2.0 GB - RAID
Part. 3 - primária 1.0 GB - RAID
Part. 5 - lógica 300 MB - RAID
Part. 6 - lógica 512 MB - SWAP
Mãos a obra!
1. Iniciaremos nossa VM realizando o boot através da unidade de CD/DVD-ROM até chegarmos à tela abaixo:
Então selecionaremos a opção: (manual)
Obs.: Como o objetivo desse artigo é mostrar a configuração para obtermos dispositivos RAID, torna-se desnecessário os passos básicos da instalação do S.O.
2. Agora devemos selecionar o HD que desejamos particionar:
3. Nesta tela selecionaremos a opção: (sim)
4. Acabamos de criar uma partição totalmente vazia. Logo será a partir dela que definiremos o nosso particionamento, conforme escrevemos lá em cima [1]. Selecione a partição:
5. Selecione a opção: (Criar uma nova partição)
6. Devemos definir agora o tamanho de cada partição, seguindo logicamente o modelo de particionamento descrito acima [1]:
7. Nessa tela definiremos o tipo da partição, sempre seguindo o modelo apresentado [1]:
8. Agora vamos definir o formato que desejamos utilizar. Selecione a opção: (Usar como)
9. Por fim, selecione a opção: (Volume físico para RAID)
Bom, esses passos serão contínuos e imutáveis, portanto para a criação das demais partições basta seguirmos esse mesmo processo, obedecendo sempre o modelo que definimos no início [1]. Devemos apenas atentar na partição SWAP (área de troca), ela será nossa última partição.
A tabela de particionamento deverá ficar da seguinte forma:
Configurando RAID via software
Agora o pior já passou, vale ressaltar que o particionamento dos discos é de fundamental importância para o restante da implementação e para o perfeito funcionamento do que estamos propondo a fazer.
Chegamos ao ponto crucial do nosso artigo, é onde faremos de fato a configuração dos dispositivos RAID. Para tanto, mais uma vez precisaremos pôr na ponta do lápis todo nosso planeamento, isso ajudará no nosso senso de orientação durante o decorrer do processo.
[1] Modelo de dispositivos RAID:
MB0 = Part. 1/disco 1 + Part. 1/disco 2 (sda1 + sdb2)
Sistema de arquivos: Ext3
Ponto de montagem: /boot
MB1 = Part 2/disco 1 + Part. 2/disco 2 (sda2 + sdb2)
Sistema de arquivos: Ext3
Ponto de montagem: /
MB2 = Part 3/disco 1 + Part. 3/disco 2 (sda3 + sdb3)
Sistema de arquivos: Ext3
Ponto de montagem: /home
MB3 = Part 5/disco 1 + Part. 5/disco 2 (sda5 + sdb5)
Sistema de arquivos: Ext3
Ponto de montagem: /tmp
Obs.: A partição SWAP não necessita de um dispositivo RAID.
Vamos lá!
1. Na mesma tela que visualizamos toda a tabela de particionamento dos nossos discos devemos selecionar a opção: (Configurar RAID via software)
2. Neste passo devemos gravar as mudanças que realizamos durante nosso particionamento, selecionando a opção: (Sim)
3. Ok, após as mudanças devidamente gravadas, vamos começar de fato a criar nossos dispositivos, selecione a opção: (Criar dispositivo MD)
4. Chegamos ao passo que tínhamos especificado detalhadamente na introdução [1], onde definiremos o tipo de nosso dispositivo, cada tipo possui suas especificações, nesse caso utilizaremos o RAID1, portanto selecione a opção: (RAID1)
5. Os próximos 2 passos nos mostrarão valores padrões do sistema, devemos deixá-los com estes valores até chegarmos ao momento de definirmos quais partições serão transformadas em dispositivos RAID, a partir desta tela, vamos atentar ao modelo de dispositivos que definimos acima [1]. Selecione as partições conforme modelo e continue o processo.
Finalizando a configuração do RAID
Bem, devemos realizar todo o processo de criação de dispositivos novamente, sempre como RAID1 e selecionando devidamente quais partições farão parte do dispositivo a se criar, não esqueçam de seguir o modelo de dispositivos [1].
Ao fim teremos a seguinte tabela de dispositivos RAID criadas:
Chegou a hora de definirmos o sistema de arquivos que vamos utilizar nesses dispositivos e qual serão seus respectivos pontos de montagem. Como nunca é demais salientar pontos relevantes de qualquer processo, dêem uma olhada no modelo de dispositivos descrito acima[1]. Nesse caso vou mostrar como devemos proceder com a configuração de um dos dispositivos, após isso já estaremos aptos a fazer os outros.
1. Vamos selecionar o primeiro dispositivo:
2. No menu de edição do dispositivo que selecionamos, vamos clicar na opção "Usar como:". Notemos que não temos parâmetros definidos nesta opção.
3. Neste passo vamos selecionar de fato qual o sistema de arquivo utilizaremos para nosso dispositivo, selecione a opção: (Ext3)
4. Agora vamos informar o ponto de montagem:
5. Selecionaremos os pontos de montagem conforme padronizamos no modelo descrito [1]:
Pronto, finalize a configuração do dispositivo! Repita o processo para os outros dispositivos.
6. Estamos quase lá. Clique na opção: (Finalizar o particionamento e gravar as mudanças no disco)
A tabela final da configuração dos dispositivos ficará da seguinte forma:
7. Grave a tabela nos discos.
Pronto! Enfim concluímos nosso modelo de particionamento. O restante do processo trata-se da instalação do nosso sistema operacional, sigam os passos, leiam atentamente as instruções e levantem suas máquinas com a graça de Deus.
Após a inicialização e logon do S.O, digitem o comando:
$ sudo cat /proc/mdstat
Então veremos nossos dispositivos em perfeito funcionamento, lógico se todo processo foi realmente seguido a risca.
md3 : active raid1 sda5[0] sdb5[1]
289024 blocks [2/2] [UU]
md2 : active raid1 sda3[0] sdb3[1]
979840 blocks [2/2] [UU]
md1 : active raid1 sda2[0] sdb2[1]
1951808 blocks [2/2] [UU]
md0 : active raid1 sda1[0] sdb1[1]
104320 blocks [2/2] [UU]
Obs.: Devemos verificar atentamente a informação [UU], pois é ela que nos informa o estado de sincronismo
Conclusão
Os dispositivos RAID, quando perfeitamente configurados, tendem a nos proporcionar um aumento efetivo na confiabilidade dos nossos dados dentro do sistema. Estes dados, que geralmente são de suma importância, tanto para uma empresa como para utilização pessoal, não devem ser pedidos ou danificados por eventuais falhas nos discos.
Por isso a técnica nos disponibiliza de forma eficiente, a opção de minimizarmos os riscos que nosso sistema corre durante sua vida útil, fazendo isso basicamente através da redundância.
Os vários níveis de RAID existentes possibilitam escolher qual tipo de implementação nos dará a satisfação de nossas necessidades.
O artigo tentou abranger especificamente o RAID1, justamente pela sua simplicidade de implementação e configuração. Após todo o processo de configuração e instalação dos dispositivos, espero que tenhamos conseguido absolver um pouco mais de informação a respeito dessa técnica e que possamos implantá-la sem mistério em algum sistema de produção.
Fonte: VivaoLinux
Postado Por: RedDeviL
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