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Separamos três modelos de alta qualidade que não zeram a sua conta bancária!!!
A lista de especificações de um eletrônico qualquer, aquela aba que normalmente fica escondida atrás do frame que contém as vantagens mirabolantes do produto, é sempre um instrumento útil para responder a eterna questão do comprar ou não comprar. Mas a relação entre qualidade prática e superioridade das especificações quase nunca é simples e direta.
Além de simplificadores, os números das especificações frequentemente são apresentados de forma enviesada, para tornar este ou aquele produto mais atraente. Tais táticas são menos eficazes com determinados eletrônicos: quando se compra um computador com o processador Intel Core i5, por exemplo, pode-se ter uma noção geral imediata de quão bem ele vai se sair no uso cotidiano. Infelizmente, fones de ouvido e outros equipamentos de som não desfrutam de uma relação tão clara entre o que aparece nas tabelas e o que soa no ouvido.
Em teoria, por exemplo, um fone com uma faixa de frequência de resposta mais ampla reproduz sons com maior fidelidade. Mas quando até um fone relativamente simples, como o que acompanha o iPhone, alega reconhecer graves tão profundos quanto os de frequência 5 Hz, a tarefa de comparar headsets a partir dessa característica torna-se bem mais complicada.
Similarmente, fones que ostentam níveis de impedância baixos deveriam ser capazes de atingir volumes mais altos. No entanto, existem tantos outros fatores que determinam a altura do som que chega aos ouvidos, incluindo a potência do sinal que sai do player de áudio, que a impedância por si só não significa quase nada do ponto de vista do usuário.
O tamanho do driver é uma das poucas características em que há um vínculo um pouco mais explícito entre a especificação e o áudio real. Em geral, quem gosta de graves mais pesados deve preferir fones maiores, com drivers maiores. Mas nada disto impede fabricantes como Bose e Audio Technica de projetarem fones minúsculos que produzem graves impecáveis.
Se você não tem a oportunidade de experimentar o fone na loja, sempre certifique-se de checar outras características, como o acabamento e os cabos utilizados, que podem em conjunto indicar o nível de qualidade do produto. É preciso ter em mente que o áudio em si é um assunto muito pessoal e cada indivíduo tem preferências privadas quanto ao balanço ideal dos tons.
Ainda assim, se determinar objetivamente qual fone tem o melhor som é impossível, pode-se pelo menos discernir quais eram as intenções do fabricante quando este projetou certo fone. Nosso objetivo aqui é realizar uma análise breve dessas intenções para descobrir que fone se adapta melhor ao gosto de que público.
O Electra, da Razer, é fone mais especializado do grupo. Voltado para gamers, ele se sobressai ao reproduzir efeitos de áudio periférico. Ele emite sons com um bom nível de detalhamento, mas não se preocupa com o equilíbrio das tonalidades: os graves são um pouco mais pesados que o agudos e os médios. Um extra legal são os dois fios descartáveis que a Razer inclui na caixa, o que torna esse fone um pouco mais versátil que a média.
O Revolution Midnight dá ainda mais ênfase aos graves, o que o torna atraente para quem gosta de rock pesado, rap e alguns tipos de reggae. Por outro lado, a The House of Marley parece não ter priorizado a definição de áudio ao projetá-lo. Modelos avançados tendem a ser um pouco mais precisos na hora de reproduzir os instrumentos. A pressão exercida pela haste na cabeça também pode incomodar algumas pessoas.
O CitiScape Downtown não é um fone para audiófilos. Seu áudio é o menos impressionante deste grupo, especialmente em consequência dos graves um tanto abafados. No entanto, a Philips se esmerou no quesito conforto. Dentro deste trio, o CitiScape é o mais confortável por uma larga margem. Quem simplesmente quer um fone para escutar música por horas a fio sem se incomodar deve dar uma chance para esse modelo.
Razer Electra – Nota 7,8
Como todo bom fone de ouvido para games, o Electra tem visual bem estiloso e funciona como headset. Ele vem com dois cabos descartáveis: um normal e um com microfone, mas sem controles de volume. Nos dois casos, o comprimento do fio (1,3 metro) poderia ser maior. A qualidade do som agrada nos jogos e com música. O grave é reforçado, mas não de forma exagerada. Com 229 reais você leva o Electra para casa.
The House of Marley Revolution Midnight - Nota 7,5
A qualidade de áudio do fone com a marca do ícone do reggae Bob Marley é satisfatória. O som distorce pouco mesmo em volume elevado, mas não prima pela nitidez e detalhamento. Os graves se destacam, mas a música soa um pouco abafada. O cabo no melhor estilo jamaicano tem microfone e controles de volume. Esse fone sai por 599 reais.
CitiScape Downtown – Nota 7,7
Fones em forma de concha tradicionalmente levam vantagem sobre outros formatos em vários aspectos, como qualidade de som, isolamento e durabilidade. Mas há um ponto que os fones com conchas ignoram com frequência: o conforto. Por melhores que sejam, aqueles headsets que parecem ter saído da cabine de um avião não são, em geral, confortáveis o suficiente para serem utilizados por horas a fio. Este não é o caso do CitiScape SHL5605BK. Acolchoado e coberto por um material que imita o couro, esse fone da Philips é um dos mais confortáveis que já tivemos o prazer de experimentar. Embora a qualidade de áudio do CitiScape não se compare com a dos fones mais avançados, ela definitivamente está acima da média. O preço do fone é 259 reais.
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