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Governo enfrenta segundo dia seguido de ataques a seus endereços na web
No segundo dia de ataques a sites do governo, grupos de hackers derrubaram sites da Presidência, de prefeituras e do Ministério do Esporte nesta quinta-feira (23).
Ontem, quando começaram os ataques, o grupo denominado LulzSecBrazil deixou fora do ar os sites do Planalto, além dos endereços na web da Receita Federal e da Petrobras. Além disso, eles divulgaram supostas informações de políticos como o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab e da presidente Dilma Rousseff.
Hoje, os endereços Apenas usuários registrados e ativados podem ver os links., Clique aqui para se cadastrar... e o Apenas usuários registrados e ativados podem ver os links., Clique aqui para se cadastrar..., voltaram a ficar fora do ar. De acordo com a assessoria de imprensa do Planalto, os sites ficaram fora do ar para que fosse feito um reforço na segurança após os ataques. A assessoria destacou, ainda, que não há nenhum dado sigiloso nesses endereços. Por volta das 16h30, eles já haviam voltado a ficar disponíveis.
Além dos ataques do LulzSecBrazil, um novo grupo se juntou às invasões. O FatalErrorCrew afirmou ter tirado do ar o site de 500 prefeituras de municípios brasileiros.
O LulzSecBrazil é o braço brasileiro do grupo coletivo internacional Lulz Security, que vem ganhando notoriedade por ataques recentes aos servidores da CIA (agência de inteligência americana), do FBI (polícia federal americana), do serviço público de saúde britânico, o NHS, da empresa Sony e das TV americanas Fox e PBS.
O arquivo com os dados de Dilma e Kassab trazem informações como números do CPF e do PIS, data de nascimento, telefones, signo, nome da mãe (no caso do prefeito) e e-mails pessoais (também só no caso de Kassab). Muitas dessas informações são públicas e constam, por exemplo, da prestação de contas dos mandatários durante as campanhas eleitorais.
De acordo com o coordenador de comunicação social do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados, o órgão responsável pelos principais sistemas informáticos do governo federal), Carlos Marcos Torres, nenhum dos sites administrados pelo órgão sofreu invasão que pudesse expor dados sigilosos do governo ou de cidadãos.
